Entender o funcionamento das finanças gerais de um negócio pode ser um diferencial interessante para o empresário. Portanto, empreendedores que desejam se destacar precisam compreender quais são as diferenças entre lucro real e faturamento de uma empresa.
Conhecer e entender a relevância desses indicadores e saber como eles devem ser calculados também é essencial para garantir a manutenção da saúde financeira da organização. Essa análise evidencia possíveis problemáticas nos números e facilita a tomada de decisão.
Para entender melhor o tema, continue a leitura deste post. Nele, você aprenderá os conceitos de lucro real e faturamento, bem como suas principais diferenças e a importância deles para a gestão financeira de um negócio.
Confira!
Qual é o conceito de faturamento?
O faturamento, ou receita bruta, é o montante total obtido a partir das vendas realizadas pela empresa em um determinado período. O número é registrado antes de considerar despesas, como os custos operacionais e os tributos.
Ele é um indicador importante do desempenho financeiro da empresa por refletir a quantidade de produtos vendidos e o quanto o negócio gerou por meio deles. O faturamento também serve para o cálculo de outros índices financeiros relevantes.
O que é lucro real?
Lucro real é um regime tributário que as empresas podem adotar para calcular seus impostos sobre a renda. Nessa alternativa, a base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é o lucro líquido apurado pela empresa.
Vale destacar que o lucro líquido representa os ganhos do negócio após deduzir todos os custos e despesas do seu faturamento. Ou seja, é a quantidade de dinheiro que a empresa, de fato, ganhou com suas vendas após arcar com os compromissos financeiros.
Logo, o lucro real considera o número apresentado em sua contabilidade, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação. Portanto, ele difere do lucro presumido, em que a base de cálculo dos impostos é uma estimativa da receita bruta.
Já no lucro real a empresa apura efetivamente seu ganho líquido e paga impostos sobre ele. Isso pode ser vantajoso para varejistas com despesas elevadas e que não têm margens de lucro tão grandes, por exemplo.
Afinal, o imposto será calculado sobre o lucro efetivamente apurado e não sobre uma margem presumida que pode ser superior aos ganhos realmente obtidos. Nesse caso, a escolha correta do regime tributário pode trazer economia com impostos.
Quais são as principais diferenças entre o faturamento e o lucro real?
Como você viu, faturamento e lucro real são conceitos diferentes e apontam para números distintos no negócio. Dadas essas características, é relevante pontuar o que, de fato, separa os dois.
Em primeiro lugar, há a questão do cálculo. O faturamento é calculado a partir do valor total das vendas ou serviços prestados pela empresa. Já a fórmula do lucro real subtrai da receita bruta todas as despesas relacionadas à atividade econômica.
Outra diferença relevante é a questão tributária. Enquanto o faturamento é usado para calcular os impostos devidos pela empresa, como o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS), o lucro real é usado para calcular IRPJ e CSLL.
Também há as diferenças para a tomada de decisão da empresa. O faturamento, por exemplo, é relevante para o controle financeiro, visto que ele registra o volume de vendas e capital obtido. Assim, o negócio pode saber se os números estão dentro das expectativas e identificar as principais fontes de receita.
Por sua vez, o lucro real mostra o quanto a empresa realmente está ganhando a partir das vendas, após cobrir os seus custos. Quando o número não é satisfatório, a operação pode ficar em risco.
Como fazer o cálculo desses indicadores?
Além de saber os conceitos e as diferenças entre lucro real e faturamento, é pertinente compreender o cálculo de cada indicador. Confira a seguir!
Cálculo do faturamento
Você já entendeu que faturamento faz referência ao dinheiro total arrecadado por uma empresa. Assim, ele considera a totalidade das receitas de vendas dela e pode ser calculado seguindo estes passos:
- some as vendas realizadas no período de análise, considerando o preço de cada produto;
- faça a dedução de quantias referentes a descontos e devoluções, se for o caso.
O resultado será a receita bruta — o dinheiro que entrou no caixa. Ter em mãos o faturamento é pertinente para calcular tributos e entender o cenário das vendas do negócio.
Cálculo do lucro real
Para calcular o lucro real, é necessário realizar uma subtração para fazer a retirada das despesas totais da quantia faturada no período. Com isso em mente, imagine que uma determinada empresa teve um faturamento de R$ 300 mil em um mês.
Considere que ela possui R$ 160 mil em despesas totais. Fazendo uma subtração entre os dois números, o resultado é R$ 140 mil de lucro líquido. Transformando em porcentagem, o lucro real é de 46%.
Então, nesse exemplo, o lucro do negócio é equivalente a quase a metade do faturamento. Na prática, é a partir desse número que serão calculados os impostos, a depender do regime escolhido.
Dessa maneira, é indispensável ter controle sobre os indicadores a fim de calcular os tributos devidos com precisão. Isso porque as obrigações fiscais podem variar de acordo com o lucro registrado.
Qual é a importância desses indicadores na gestão financeira?
A boa gestão financeira de uma empresa deve ser composta por diversos indicadores e métricas para analisar a real situação do negócio. Com os resultados obtidos a partir do lucro real e do faturamento, é possível entender se é necessário a implementação de novas estratégias de venda.
O faturamento é importante para fazer uma apuração de todas as quantias que entram na empresa no recorte de tempo escolhido. É com ele que o empresário entende qual é a capacidade da geração de receita que aquele empreendimento tem.
Já o lucro real é um indicador de rentabilidade. Ele pode ser utilizado para realizar uma avaliação de desempenho daquele negócio, fazendo um comparativo com outras empresas. Essas duas métricas são essenciais para avaliar a saúde financeira do seu negócio.
A visão estratégica do empreendimento é guiada, principalmente, por esses fatores alinhados com outras métricas necessárias. Por isso, mantenha o controle sobre os números para orientar a tomada de decisão no varejo.
Ao longo deste artigo foi possível saber mais sobre dois métodos de análise — lucro real e faturamento — que são complementares e que devem fazer parte de uma boa gestão financeira. Dessa forma, eles podem auxiliar no planejamento organizacional do setor varejista e guiar a tomada de decisão.
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